segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

MÓDULO 4:UNIDADE 4: CONSTRUÇÃO DA MODERNIDADE EUROPEIA



CONCEITOS:


ILUMINISMO:- Corrente filosófica que se desenvolveu na Europa do século XVIII e que caracterizou pela crítica à autoridade política e religiosa, pela afirmação da liberdade e pela confiança da Razão e no progresso da ciência, como meios de atingir a felicidade humana.
Originárias da Inglaterra (Enlightenment) e da Holanda, as “Luzes” fizeram da França o seu principal centro e, especialmente de Paris, irradiaram para a Europa e para o Mundo.
Na Alemanha, por exemplo, o movimento é conhecido pelo nome de Aufklarung (esclarecimento) e na Espanha por Ilustración (ilustração)

MÓDULO 4: UNIDADE 3: TRIUNFO DOS ESTADOS E DINÂMICAS ECONÓMICAS NOS SÉCULOS XVII E XVIII



CONCEITOS:
MERCANTILISMO:-Teoria económica enunciada nos séculos XVI,XVII e XVIII, que defende uma forte intervenção do Estado na economia. O objetivo dessa intervenção era o aumento da riqueza nacional, identificada com a quantidade de metais preciosos acumulados pelo país. São características do mercantilismo as medidas de tipo protecionista e monopolista. O termo mercantilismo designa, igualmente, as políticas económicas que, de acordo com esta teoria, foram implementadas em grande parte dos países europeus no século XVII e na primeira metade do século XVIII.
BALANÇA COMERCIAL:- Termo que designa a relação entre o montante das importações e das exportações. Caso o volume das exportações ultrapasse o das importações, a balança comercial é positiva, o que se identifica com a prosperidade do país.
PROTECCIONISMO:-Política económica que impede a livre circulação de mercadorias. O protecionismo traduz-se, geralmente, por um aumento dos direitos alfandegários sobre as importações. O objetivo desta medida é permitir o desenvolvimento das produções internas que, desta forma, se tornam mais competitivas.
MANUFACTURA:-Num sentido lato, o termo designa as diferentes atividades industriais que não empregam maquinaria e que, por isso, são características das épocas pré-industriais. Em sentido restrito, aplica-se às grandes unidades transformadoras típicas dos séculos XVII e XVIII que, para além da concentração de trabalhadores, recorriam já à divisão do trabalho e ao uso de tecnologia própria (mas não de maquinaria).
COMPANHIA MONOPOLISTA:-Associação económica geralmente de cariz comercial, à qual o Estado conferia direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de comércio. No século XVII organizaram-se numerosas companhias monopolistas, na sua maior parte destinadas ao comércio colonial. As mais poderosas foram as Companhias das Índias Orientais, as quais os estados (Holanda, Inglaterra, França) conferiam poderes de justiça, administração e defesa no Oriente. Estas companhias representavam os respectivos países, negociando tratados e conquistando territórios, pelo que, para além dos direitos de comércio, detinham um grande poderio territorial e militar.
CAPITALISMO COMERCIAL:-Sistema económico caracterizado pela procura do maior lucro, pelo espírito de concorrência e pelo papel determinante do capital como motor do desenvolvimento económico. Característico da Idade Moderna (séculos XV a XVIII), o capitalismo comercial tem no grande comércio (e não na indústria) o seu setor mais lucrativo. Os capitais aí acumulados fizeram desenvolver as primeiras formas de capitalismo financeiro, materializado nas atividades bancário e bolsista.
EXCLUSIVO COMERCIAL:- Forma de exploração económica que reserva para a metrópole os recursos e o mercado das colónias. Trata-se de uma medida protecionista cujo objetivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos exóticos a baixos preços, bem como escoar as produções manufacturadas do país dominador.
MERCADO NACIONAL:-Diz-se da capacidade aquisitiva da procura interna que, no caso da Inglaterra, no século XVIII, foi favorecida por:-revolução demográfica;- abolição dos entraves à circulação de produtos;- incrementos dos transportes;- crescimento urbano.
COMÉRCIO TRIANGULAR:- Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes europeu, africano e americano. Este comércio, que prosperou sobretudo nos séculos XVII e XVIII, era suportado pelas necessidades de mão-de-obra das colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para as suas plantações e explorações mineiras.
TRÁFICO NEGREIRO:- Intenso comércio de escravos negros que canalizou para a América grande número de africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas costas da Guiné, de Angola e de Moçambique. Os escravos eram transportados em grandes navios negreiros, nas mais desumanas condições, pelo que uma parte significativa sucumbia durante a viagem.
BOLSA DE VALORES:- Instituição financeira em que se transacionam bens mobiliários, como fundos do Estado, ações e obrigações.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:- Em sentido estrito, é um conjunto de transformações técnicas e económicas que se iniciaram na Inglaterra na segunda metade do século XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do Norte no decorrer do século XIX.
Considera-se, geralmente, que foi a invenção da máquina a vapor e sua subsequente aplicação aos transportes e à indústria que provocaram a rápida mudança nos modos de produção (da manufactura passou-se à maquinofactura).
Em sentido lato, a revolução industrial significa o conjunto de modificações estruturais profundas que se estabeleceram na economia, na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental, no período atrás referido.
BANDEIRANTE:- Indivíduo participante numa bandeira, termo pelo qual, a partir do século XVIII, ficaram conhecidas as expedições armadas que percorriam o interior do Brasil em busca de ouro ev escravos. As bandeiras prolongaram-se do século XVI ao século XVIII., tendo como centro São Paulo, pelo que os bandeirantes são também conhecidos como “paulistas “ ou “gentes de São Paulo”.
A ação dos bandeirantes foi também da maior importância para o conhecimento do território e para a fixação das fronteiras do Brasil.

MÓDULO 4:UNIDADE 2: A EUROPA DOS ESTADOS ABSOLUTOS E A EUROPA DOS PARLAMENTOS



ANTIGO REGIME:-Época da História europeia compreendida entre o Renascimento e as grandes revoluções liberais que corresponde, grosso modo, à Idade Moderna. Socialmente, o Antigo Regime caracteriza-se por uma estrutura fortemente hierarquizada (em ordens), politicamente, corresponde ás monarquias absolutas e, economicamente, (mercantilismo) ao desenvolvimento do capitalismo comercial.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL:- Divisão da sociedade em grupos hierarquicamente organizados, consoante o seu prestígio, poder ou riqueza.
ORDEM/ESTADO:- Categoria social que goza de um grau determinado de dignidade e prestígio, correspondente à importância da função social que desempenha. A ordem (ao contrário da classe social) assenta mais no nascimento que na riqueza, perpetuando-se por via hereditária e admitindo uma mobilidade social reduzida. Uma das ordens do Antigo Regime, o clero, foge, pelo celibato imposto aos seus membros, à transmissão hereditária, mas reflete, na sua hierarquia interna, a diversidade social das duas outras ordens.MOBILIDADE SOCIAL:- Transição dos indivíduos de um para outro estrato social, quer em sentido ascendente, quer em sentido descendente. Numa sociedade de ordens esta mobilidade é sempre reduzida, uma vez que o critério de diferenciação social assenta no nascimento. Porém, no Antigo Regime, o desenvolvimento do capitalismo comercial conduziu à ascensão da burguesia, que viu reforçadas tanto a sua valia económica como a sua dignidade social. Este processo culminará com o embate das revoluções liberais que destruirão a sociedade de ordens, instaurando o atual modelo de organização social em classes.MONARQUIA ABSOLUTA:- Sistema de governo que se afirmou na Europa, no decurso do Antigo Regime. Concentra no soberano, que se considera mandatado por Deus, a totalidade dos poderes do Estado.
SOCIEDADE DE CORTE:- Grupo de pessoas que rodeia o rei e participa na vida da corte. Trata-se de um conjunto razoavelmente vasto e organizado que partilha os mesmos valores e o mesmo padrão de vida. A sociedade de corte atingiu o seu período áureo nos séculos XVII e XVIII, assumindo então um lugar central no conjunto da sociedade.
PARLAMENTO:- Assembleia política à qual cabem, em regra, funções legislativas. Este tipo de órgão apresenta outras designações como, assembleia, cortes ou congresso. O atual Parlamento inglês é o parlamento mais antigo, tendo servido de modelo a muitos outros. As suas origens remontam à Magna Carta (1215), encontrando-se desde o tempo de Eduardo III (século XIV) dividido em duas câmaras, que evidenciam a distinção entre a nobreza e o povo: a Câmara dos Comuns que, nos séculos XVII e XVIII, era eleita por sufrágio censitário, e a Câmara dos Lordes, nomeada pelo rei.

MÓDULO 4: UNIDADE 1-POPULAÇÃO DA EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII: CRISES E CRESCIMENTO




CONCEITOS:


ECONOMIA PRÉ-INDUSTRIAL- Sistema económico que se caracteriza essencialmente pela base agrícola e pela debilidade tecnológica. O volume de produção encontra-se, por isso, estreitamente ligado ao número de homens, estando a expansão demográfica limitada pela insuficiência dos recursos alimentares, Assim, as fases de crescimento e recessão económicas coincidem, em geral, com os fluxos e refluxos populacionais.
CRISE DEMOGRÁFICA- Quebra demográfica brusca provocada por uma elevação violenta da taxa de mortalidade, acompanhada do recuo da taxa de natalidade. A crise demográfica é geralmente de curta duração (alguns meses) e devido a surtos de fmias.ome (crises de subsistência) e/ou epide

domingo, 26 de maio de 2013

CONCEITOS: MÓDULO 3: UNIDADE 5: AS NOVAS REPRESENTAÇÕES DA HUMANIDADE


RACISMO: Designação que tem vindo a ser considerada um “sentimento de superioridade de uma raça em relação a outra(s)”. Na actualidade  defende-se que na espécie Homo Sapiens Sapiens - espécie humana – praticamente não há diferenciação genética. Do ponto de vista da Biologia, raça é um conceito pouco usado e é sinónimo de subespécie.
DIREITOS HUMANOS: Privilégios que pertencem a todo o ser humano pelo simples facto de ter nascido e que não devem ser violados de forma alguma. Incluem-se, nestes direitos, o direito à vida e à liberdade, à liberdade de crenças e de opinião, etc.

CONCEITOS: MÓDULO 3: UNIDADE 4: A RENOVAÇÃO DA ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE


HERESIA: Doutrina que contradiz ou interpreta diferentemente as verdades doutrinárias da Igreja Católica.
REFORMA: Movimento religioso do século XVI, iniciado por Lutero, que se traduziu na contestação à autoridade do Papa de Roma e na reformulação de certos dogmas e princípios doutrinais e de culto do Cristianismo, dando origem a novas igrejas.
SACRAMENTO: Sinal sensível instituído por Deus para dar ao Homem a sua graça ou aumentá-la.
RITO: Conjunto de cerimónias prescritas para a celebração de um culto.
DOGMA: Ponto fundamental de uma doutrina; verdade religiosa instituída por decisão de um concílio e tornada irrefutável.
PREDESTINAÇÃO: Doutrina que acredita que a “salvação das almas” depende do desígnio (=vontade) de Deus, estabelecido ainda antes do seu nascimento.
CONCÍLIO: Assembleia de prelados com vista à deliberação sobre assuntos da Igreja, dogmáticos, doutrinários ou disciplinares.
CATECISMO: Livro de instrução religiosa no qual, através de perguntas e respostas, se ensinam os princípios da Fé cristã.
SEMINÁRIO: Estabelecimento escolar onde se formam os padres da Igreja Católica.
PROSELITISMO: Acção de propaganda ideológica destinada a cativar novos adeptos para uma religião ou doutrina.
MISSIONAÇÃO: Ato de converter pessoas a uma religião ou doutrina; pregar, catequizar.
ÍNDEX: Catálogo dos livros e de outras publicações, cuja leitura era proibida pela Igreja Católica.
INQUISIÇÃO: Tribunal fundado pelo Papado, no século XIII, com o objetivo de investigar e julgar os que não aceitavam as doutrinas da Igreja (hereges).
No século XVI, a Inquisição foi restaurada para julgar e condenar os adeptos do Protestantismo. Em Portugal, as vítimas da Inquisição foram, sobretudo, os cristãos-novos.

MÓDULO 3: UNIDADE 3: A PRODUÇÃO CULTURAL




CONCEITOS:

INTELECTUAL: Pessoa de cultura e de gosto pelas coisas do intelecto, isto é, da inteligência e do espírito.
CIVILIDADE: Conjunto de regras de comportamento social que o indivíduo deve respeitar na vida pública ou cívica, Regras de convivência social.
HUMANISTA: Homem de saber e cultura (geralmente eclesiástico ou professor) do século XVI que se inspira na cultura da Antiguidade Clássica, que reinterpreta à luz da Razão e do espírito crítico do seu tempo.
ANTROPOCENTRISMO: Conceção filosófica e pragmática que coloca o Homem no centro do universo, considerando-o o ser mais perfeito da Criação, capaz de criar e transformar as coisas.
UTOPIA: Etimologicamente, deriva do grego e significa “em lugar nenhum”.
Na obra com este título- Utopia-, Thomas More descreve uma sociedade que vive numa ilha imaginária e que pusera em prática um Estado ideal, de inspiração humanista.
CLASSICISMO: Movimento cultural, literário e artístico, que se inspira diretamente nos modelos e valores da Antiguidade Clássica, grega e romana.
Desenvolveu-se na Europa nos séculos XV e XVI.
MODULADO: Diz-se da arquitetura que aplica um módulo, ou seja, uma medida padrão, para criar proporções harmoniosas entre todas as partes de uma construção.
PERSPETIVA: Processo ou técnica para conseguir a representação de espaços e corpos tridimensionais numa superfície plana.
NATURALISMO: Teoria filosófica e estética que defendeu a imitação da Natureza.
PLATERESCO: Estilo decorativo que se desenvolveu em Espanha no mesmo período do manuelino em Portugal e que se caracteriza pelo elaborado e pormenorizado trabalho da pedra, à maneira dos ourives da prata.
MANUELINO: Estilo arquitetónico de decoração que se desenvolveu em Portugal entre finais do século XV e meados do século XVI, caracterizado por uma gramática decorativa de inspiração marinha e vegetalista, misturada com motivos de heráldica régia e símbolos da exaltação do poder português.

MÓDULO 3: UNIDADE 1: A GEOGRAFIA CULTURAL EUROPEIA DE QUATROCENTOS E QUINHENTOS







CONCEITOS:

ÉPOCA MODERNA: Período cronológico da História da Humanidade que se situa entre meados do século XV e finais do século XIII. Nele decorreram as descobertas marítimas e o encontro de povos, o triunfo do capitalismo comercial e a ascensão da burguesia, o absolutismo régio, o Renascimento, a Reforma, a afirmação do espírito científico.

RENASCIMENTO: Movimento cultural e artístico que ocorreu na Europa durante os séculos XV e XVI, e que teve a sua principal fonte de inspiração no mundo clássico, greco-latino, e nos movimentos de expansão geográfica e comercial dos finais da Idade Média ocidental. Caracterizou-se pela crença no valor do Homem e na racionalidade, por uma filosofia humanista e pragmática; pela adoção de novos cânones estéticos e artísticos; pela mentalidade quantitativa e pela curiosidade acerca da Natureza e das ciências.
HUMANISMO: Movimento cultural que surgiu em Itália no século XV e se espalhou por toda a Europa. Produziu-se durante o Renascimento, entre os intelectuais, por reação contra o pensamento medieval e escolástico, e por um regresso às fontes de inspiração da Antiguidade Clássica. Este movimento consistiu fundamentalmente na redescoberta, reinterpretação e edição dos escritores clássicos, gregos e latinos, e na valorização do Homem e da sua personalidade.
ESCOLÁSTICA: Sistema filosófico, em vigor a partir de S. Tomás Aquino (1224-1274), que procurava adaptar a filosofia aristotélica ao dogma cristão, de modo a harmonizar a Razão e a Fé.
RACIONALISMO: Doutrina que afirma a primazia da Razão como fonte de acesso ao conhecimento e à verdade.
INDIVIDUALISMO: Corrente doutrinal e prática que sobrevaloriza o indivíduo e o seu papel na construção das sociedades e da História.

MÓDULO 2: UNIDADE 3



CONCEITOS:



ÉPOCA MEDIEVAL

Uma das épocas em que tradicionalmente se divide a História.
Tem a duração de cerca de 1000 anos, sendo, normalmente, tomados como limites a destituição do último imperador romano do Ocidente, em 476, e a conquista de Constantinopla pelos Turcos, em 1453.
Embora num período tão longo as mutações históricas tenham sido muitas, a Idade Média identifica-se, geralmente, com a sociedade senhorial e vassálica que se formou, no Ocidente, após o século IX e tem como principal emblema o castelo.
ARTE GÓTICA
Estilo artístico que dominou a arte europeia entre os séculos XII e XV.
Irradiou do Norte de França e, embora se tenha desenvolvido nas várias artes (pintura, escultura, vitral, ourivesaria, etc) permaneceu essencialmente ligado àarquitectura, recebendo, por vezes, o nome de ogival, em referência aos arcos cruzados das abóbadas. Em Portugal, este estilo desenvolveu-se um pouco mais tarde (a partir do século XIII), tendo, na sua fase final, adquirido uma feição própria, conhecida como “estilo manuelino”.
CONFRARIA
Associação de socorros mútuos de carácter religioso, organizada sob a invocação de um santo protector. Dedicava-se também à caridade como meio de minorar a pobreza urbana.
CORPORAÇÃO
Associação de cariz socioprofissional que reunia, nas cidade, os trabalhadores de um mesmo ofício.
Mais conhecidas, na Idade Média, por artes, guildas ou casas, as corporações possuíam estatutos próprios que regulamentavam os preços, os salários e a própria qualidade de produção. Geralmente, a cada corporação associava-se uma confraria religiosa que prestava assistência aos seus membros.
UNIVERSIDADE
Do latino universitas, corporação de professores e/ou estudantes, com vista à organização de um estabelecimento de ensino superior (studium). A universidade medieval foi sempre dependente da Igreja e dedicou-se, sobretudo, à formação de clérigos. No século XIII, o número de estudantes laicos de origem burguesa aumentou significativamente, tornando-se a universidade o centro de formação dos quadros do funcionalismo público, necessários à centralização do poder pelos monarcas. Estudar numa universidade passou a ser, desde então, uma forma de adquirir prestígio e subir na escala social.
CULTURA ERUDITA
Cultura própria dos grupos mais elevados da sociedade, intimamente ligada à leitura e ao estudo (de erudir – instruir). É uma cultura intelectualizada, não acessível à maior parte da população. Na Idade Média, são focos de cultura erudita os conventos, com as suas livrarias, as universidades e as cortes régias e senhoriais.
CULTURA POPULAR
Conjunto de práticas e formas de expressão das classes mais desfavorecidas.
Tem carácter espontâneo, local, e transmite-se por via oral, de geração em geração. Opõe-se à cultura erudita, própria das classes elevadas, mais livresca e intelectualizada e, por isso, mais uniforme.

MÓDULO 2: DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII E XIV- ESPAÇOS PODERES E VIVÊNCIAS

CONCEITOS:



SENHORIO
Território onde um senhor exercia:
a) Poder sobre a terra, de que era proprietário e de cuja exploração cobrava rendas e serviços;
b) Poder sobre os homens, a quem exigia impostos de natureza económica, jurisdicional e militar
REINO
Estado ou nação cujo chefe político é um rei. Foi no decurso da Idade Média que se constituíram os reinos que estão na base dos actuais Estados europeus. O processo de formação de reinos foi mais precoce na Europa Ocidental. Na Europa Central e Oriental este processo foi entravado por razões várias, tendo a autoridade real sentido dificuldade em se afirmar face ao poder dos grandes senhores.
COMUNA
O termo designou, inicialmente, a associação dos habitantes de uma cidade que tinha por objectivo libertá-la da sujeição aos grandes senhores. Passou, depois, a designar a cidade que, na Idade Média, possuía numa total ou muito ampla autonomia administrativa.
Iniciado no século XI, em Itália, o movimento comunal expande-se no decurso dos séculos XII, XIII e XIV.
PAPADO
O cargo, a dignidade do Papa.
O estabelecimento da supremacia do bispo de Roma – o Papa – sobre o restante clero e a Cristandade ocidental foi um processo demorado e complexo que conduziu, em 1054, à divisão dos cristãos em católicos e ortodoxos.
No século XI foram dados dois passos sobremaneira importantes para o reforço da dignidade do Papa no Ocidente: o estabelecimento da sua eleição por um colégio independente de cardeais (1059) e a publicação, por Gregório VII, dos Dictatus Papae (1075), que proclamavam a independência da Igreja relativamente aos laicos, a centralização dos poderes da instituição nas mãos do Papa, bem como a supremacia deste último sobre toda a Cristandade.
IGREJA ORTODOXA GREGA
Conjunto de Igrejas do Oriente que, no século XI, se separaram da Igreja de Roma, por considerarem que esta se desviava dos genuínos dogmas do cristianismo, definidos nos sete primeiros concílios. Daí a designação, que a si mesmo atribuíram, de ortodoxas (“doutrina certa”). Os Ortodoxos não reconheciam, como os católicos, a autoridade superior de qualquer bispo, embora o primado de honra pertencesse ao patriarca de Constantinopla.
Para além deste ponto, separavam as duas Igrejas alguns aspectos doutrinais e litúrgicos, nomeadamente no que toca ao dogma da Santíssima Trindade e à língua religiosa que, no Oriente, era o grego e, no Ocidente, o latim. Daí o nome de Igreja Grega dado à Igreja Ortodoxa.
ISLÃO
O mesmo que islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé, na segunda década do século VII. O vocábulo islão significa, em árabe, “submissão total a Deus”. Inicialmente, o termo foi pouco usado no sentido que tem hoje, já que os Árabes designam a sua religião por Muslen e por Mussulman os crentes da mesma.
O termo islão tanto pode ser utilizado com um sentido estritamente religioso como para designar a comunidade islâmica, isto é, o mundo muçulmano em geral.
BURGUESIA
Grupo social oriundo dos estratos populares que se individualiza na Idade Média, cerca do século XII. O termo burgueses designa, inicialmente, os habitantes dos burgos, em geral comerciantes e artesãos cuja riqueza assenta em bens móveis e não na posse de terras, como o clero e a nobreza. Com o tempo, a burguesia incorpora outros elementos sociais (homens de leis, funcionários) e adquire um estatuto mais elevado do que o povo em geral.
ECONOMIA MONETÁRIA
Sistema económico baseado nas trocas e na circulação de moeda. Esta torna-se não só um indispensável meio de pagamento como um valor em si, susceptível de ser entesourado. A economia monetária tem subjacentes o espírito de lucro e o jogo da oferta e da procura, orientando-se para a satisfação das necessidades de um mercado consumidor. Este sistema económico afirmou-se definitivamente com o renascimento das cidades, no século XIII, substituindo a economia de autoconsumo que vigorava na Europa desde o fim do Império Romano.
PAZ DE DEUS
Movimento clerical, de base popular e campesina, nascido nos finais do século X com o objectivo de pôr fim às guerras privadas e proteger delas as populações.
PAZ DE FEIRA
Constituía uma determinação especial das autoridades locais, que, por ela, proibiam quaisquer hostilidades armadas que pusessem em risco a segurança de quem quisesse frequentar a feira durante o seu período de duração (incluindo os dias que precediam e se seguiam à feira).
LETRA DE CÂMBIO
Título de crédito em que o credor (denominado sacador) ordena a um devedor (o sacado) que, em certa data ou perante a apresentação da letra, pague certa quantia a ele ou a quem ele designe.

MÓDULO 1: UNIDADE 3:O ESPAÇO CIVILIZACIONAL GRECO-LATINO à BEIRA DA MUDANÇA





CONCEITOS:


IGREJA ROMANO-CRISTÃ:Designação dada à Igreja cristã nos últimos dois séculos do Império Romano, altura em que beneficiou da proteção das autoridades civis e se assumiu, legalmente, como única religião do Império.
ÉPOCA CLÁSSICA: Também designada por Antiguidade clássica, é uma das épocas em que, tradicionalmente, se divide a História. Compreendida entre o século V a. C. (apogeu grego) e o século V d. C. (queda do Império Romano do Ocidente), a Época Clássica identifica-se com as civilizações grega e romana.
CIVILIZAÇÃO: Por vezes identificada por cultura, a noção de civilização incluiu o conjunto de manifestações espirituais e materiais de uma comunidade alargada num determinado tempo histórico, razoavelmente longo. As civilizações são dotadas de características próprias que as distinguem. Sendo o termo muito abrangente, permite-nos, em História, comparar diversas comunidades da mesma época ou de épocas diferentes. É assim que falamos em “civilização egípcia”, “civilização chinesa”, “civilização grega” ou “civilizações clássicas”, por exemplo.